domingo, 8 de dezembro de 2013

Billy the Mountain e o Transtusa espiritual

Olá, castores cibernéticos e crianças adultas. Mais um post sobre musica. Esse post talvez seja diferente dos outros posts que eu escrevi sobre musica (eu o fiz para tal fim), então, aproveitem, meu amiguinhos!

Transtusa Espiritual

Depois que o êxtase, a empolgação, produzidos por um instrumental arrebatadora, começam a se esvair no tédio da tarde, me faço as seguintes perguntas: o que faz alguém não contemplar isso, adorar, e admirar isto? Quais são as causas que tornam alguns incapazes de enxergar a beleza daquela instrumental, ou até mesmo, se deixar viajar por todos aqueles solos, aquele sax, aquela guitarra...Minha resposta não viria na hora, e também, não viria depois de uma audição e outra. Uma resposta surgiu quando jogava FIFA08, uma resposta diferente da concepção de musica que eu tinha até então. Em meu outro post, O problema na Musica, eu falei que a causa seria o "adestramento do individuo pela industria cultural", como também, a indiferença mórbida que as pessoas tem pela música, indiferença que justificaria o fato que muitos ouvem coisas questionáveis para "ouvidos saudáveis".




O pensamento que surgiu, ao jogar aquela merda de jogo que me oferece algum divertimento, foi mais ou menos esse: "não há nenhuma razão, universalizante e coerente, para eu estar jogando isso". Assim como a religião, que é uma questão puramente subjetiva e cultural, considerando que se você nasce numa determinada cultura, muito provavelmente irá seguir a religião desta cultura, com a musica ocorre algo similar. Muito provavelmente, se eu nascesse num gueto, dominado por drogas e prostituição, eu estaria ouvindo rap. Ou se estivesse nascido numa favela, eu estaria ouvindo funk...Mas, o que ocorreu, é que eu me desenvolvi num ambiente saudável, numa família de classe média baixa, nunca gozando de grandes luxos, mas nunca sendo obrigado a trabalhar para ajudar na renda familiar. Neste ambiente saudável, tive contato, desde de cedo, com rock setentista e MPB, só para citar alguns estilos, e isso, obviamente, é o pilar aonde meu gosto musical se desenvolveu. Agora os critérios que uso para definir uma "musica boa", em contraste com a "musica ruim", podem até ter o seu mérito e merecer relevância, mas se eu os considera-se como critérios universalizantes, eu estaria tomando uma posição dogmática. 

No mais, eu cheguei a uma conclusão que muitas pessoas já chegaram, ou que talvez chegarão um dia. O fenômeno da Industria Cultural existe, assim como seus produtos sintéticos que dela são fomentados, todavia, eu não vejo como dar um julgamento de valor para esses produtos sintéticos que não são sejam meramente subjetivos.

Creio q, com este post, encerro as discussões a cerca da musica. Se quiser ver os outros post que eu discuto sobre música, aqui estão os links:

*O problema da música
*Meu pequeno ensaio sobre a música

Obs.: Eu, particularmente, acho que estes dois posts poderiam ser reduzidos em um único post, já que são bem parecidos. Ao que concerne ao "Meu pequeno ensaio sobre a música", eu discorro da necessidade de ter um critério universalizante para julgar a música. Minha nova postura admite que esses critério, por mais interessante que seja, não poderá ser mais do que pura subjetividade. As pessoas buscam fins diferentes para a musica. Alguns querem uma instrumental viajada e outros querem qual quer merda para preencher o vazio de um domingo ensolarado =)

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